Vitamina D e seus efeitos

23/01/2022

                                                  Vitamina D3 ou Hormônio D

Hormônio esteroide produzido na pele a partir do colesterol e da exposição solar (colecalciferol)

Hormônio D e suas aplicações

Um grande numero de estudos científicos modernos demonstram que a suplementação de vitamina D desempenha um papel importante na prevenção de doenças, alem da regulação do metabolismo corporal.

Trata-se de um hormônio esteroide, que conta com receptores em todas as células do corpo e é o principal responsável pela indução da tolerância imunológica.

A 1,25 - do - hidroxivitamina D3 é um importante regulador endócrino da homeostase do fosfato de cálcio e do establishment ósseo. Essa acão clássica já é bem conhecida, porem os estudos mais modernos demonstraram também ação na redução de ricos de várias doenças, como doenças autoimunes, câncer, diabetes tipo 2, infarto, doenças infeciosas, dentre outras.

Deficiência do hormônio D

A hipovitaminose D constitui uma epidemia não reconhecida em populações de todomundo, estima-se que 78% da populção mundial possua níveis séricos abaixo de 30ng-dl, quando o nivel MININO para prevenção de doenças é de 50ng-dl.

Esse nivel de alteração ocorre por dois motivos: quantidade insuficiente de vitamina D presente na natureza e nos alimentos; e a atitude de "temer" o sol, associada aos hábitos adotados na vida moderna in door.

Para se atingir uma quantidade adequeada de vitamina D é necessária exposição solar diária, em grande área de pele e sem protetor solar, o que é incompatível com o risco de câncer de pele. Um adulto exposto de corpo inteiro, por 15 a 20minutos de sol, entre 10:30 e 15:30h, produz o equivalente a ingestão de 20.000UI (500mcg) de vitamina D oral.

Fatores que auxiliam na deficiência de vitamina D:

  1. Trabalho in door
  2. Uso de muita roupa
  3. Uso excessivo filtro solar
  4. Poluição do ar
  5. Exposição ao solpelo vidro (nenhuma vitamina D3 é produzida na pele quando essa esta exposta á luz solar através de vidro)
  6. Pigmentação da pele
  7. Obesidade
  8. Falência hepatica ou renal
  9. Envelhecimento
  10. medicamentos
  11. Locais com alta altitude
  12. Estações prolongadas de inverno
  13. Medicamentos bloqueadores da absorção de gordura
  14. Glicocorticóides sintéticos

SIntomas clássicos de deficiência de hormônio D, incluem

  1. Distúrbios do metabolismos ósseo
  2. Raquitismo em crianças
  3. Osteomalacia em adultos
  4. Redução dos níveis séricos de cálcio e fósforo
  5. Aumento do risco de osteoporose
  6. Espasmos musculares

Comorbidades associadas ao seu baixo nível:

  1. Diabetes mellitus tipo 2
  2. Doenças cardiovasculares, incluindo infarto do miocárdio e hipertensão arterial
  3. Doenças oncológicas
  4. Declínio cognitivo
  5. Depressão
  6. Complicações na gravidez, incluindo pre eclampsia e trabalho de parto prolongado
  7. Doenças autoimunes
  8. Alergias
  9. Fragilidade óssea e muscular

Nos fetos de mães com hipovitaminose, podemos observar risco aumentado de:

  1. Diabetes tipo 2
  2. Esquizofrenia
  3. Autismo
  4. Esclerose múltipla
  5. Distúrbios respiratórios
  6. Obesidade
  7. Incapacidade de atingir a altura genética
  8. Atopias
  9. Doenças auto imunes como artrite reumatoide e doença de chron

Metabolismo endógeno do hormônio D

O hormônio D é produzido endogenamente pelos tecidos cutâneos, após a exposição a radiação ultravioleta B (UVB), sendo a sua principal fonte a exposição solar.

Alimentos como oleoso fígado de bacalhau e peixes como salmão, cava e atum; cogumelos irradiador com UV e alimentos fortificados com vitamina D, são fonte alternativa, responsável por aproximadamente 10% da vitamina D necessária.

A produção cutânea de vitamina D é influenciado pela pigmentação da pele, uso de filtro solar, hora do dia, estaçãozona ano, latitude, altitude e poluição do ar. A maior síntese e absorção ocorre entre 10 e 15h, na linha do equador ou em lugares próximos. A poluição de áreas urbanas e industriais também reduz a disponibilidade de vitamina D, assim como o vidro.

A proteína de ligação a Vitamina D é sintetizada no fígado e é o principal transportador do calcitriol, com funções de ativação de macrófago, eliminação de actina e ligação de ácidos graxos. Ao atingir o fígado as vitamina D 2 e 3 sofrem hidroxilação e dão origem a 25 hidroxivitamina D, principal metabólito circulante, conhecida como colecalciferol. Nos rins sofre hidroxilação adicional, sendo transformada em 1,25 hidroxivitamina D3 ou calcitriol, forma ativa que é regulado pelo paratormonio (PTH), cálcio e fósforo séricos.

Qualquer melhora no status do hormônio D afeta significativamente a expressão de genes que possuem ampla variedade de funções biológicas em mais de 160 vias ligadas ao câncer, doenças autoimunes e doenças cardiovasculares, que tem sido associadas a deficiência de vitamina D.

Níveis séricos de cálcio e fósforo.

Uma das principais funções do hormônio D é manter os níveis séricos de cálcio e fósforo a fim de manter varias funções metabólicas, além de regular a transcrição e o metabolismo ósseo.

Ele eleva as concentrações séricas de cálcio por 3 mecanismos:

  1. Em células epiteliais do intestino, particularmente no duodeno, e estimula a absorção de cálcio.
  2. Facilita a formação de osteoclastos, célula que compõe a matriz óssea e estão envolvidas na reabsorção e remodelagem óssea.
  3. Estimula reabsorção de cálcio no tubulo distal renal.

O osteoclasto maduro remove o cálcio e o fósforo do osso, para manter os níveis sanguíneos destes, e nos rins , a 1-25(OH)2D estimula a reabsorção de cálcio pelo filtrado glomerular.

A regulação do fosfato na corrente sanguínea é feita por duas vias. Quando a concentração sérica esta baixa ha uma sinalização para produzir mais 1-25(OH)2D, o que leva a maior absorção de fosfato no intestino delgado; e a 1-25(OH)2D sinaliza aos osteócitos para segregar FGF, hormônio que aumenta positivamente a captação de fosfato pelos rins.

Existem receptores de vitamina D na maioria dos tecidos e células do corpo. Muitos destes incluindo cérebro, músculo liso vascular, próstata, mama e macrófago, nao so tem VDR, mas também a capacidade de produzir 1,25(OH)2D, que depende, provavelmente, dos níveis circulantes de 25(OH)D

O cálcio, alem de ser fundamental para a manutenção da massa óssea, desempenha varias outras funções no organismo, como neuro transmissão, transdução de sinal, plasticidade sináptica, coagulação sanguínea e contração muscular, entre outros. A maior parte do cálcio do organismo se encontra no esqueleto.

O fósforo participa demandará direta e indireta do processo de mineralização ósseos, indiretamente permeio da ação do PTH e do hormônio D e juntamente com o cálcio, é fundamental para constituir a matriz óssea elaborada pelos osteoclastos.

A manutenção dos níveis de cálcio e do fósforo depende da triade hormonal constituída pelo paratormonio, calcitonina e 25-hidroxivitamina D3, bem como do transporte no aparelho digestivo e nos rins, e da fixação-reabsorção óssea.

Fisiologia de PTH

A homeostase de cálcio e fósforo também é modulado pelo PTH (hormônio para tireoideo) e o fator de crescimento de fibroblastos. O PTH é produzido pelas para tireoides e é o principal responsável pela homeostase do cálcio iônico do organismo.

A concentração sérica deve ser mantida entre 2,45 e 2,65 mmol-L.

As paratireoide possuem três propriedades vitais para o controle dos níveis sanguíneos de cálcio: sintetizam, processam e estocam PTH de maneira regulada; secretam rapidamente o PTH estocado; e podem apresentar replicação celular quando estimuladas cronicamente.

Uma vez na circulação sanguínea, o PTH estimula a liberação de cálcio e de fosfato; aumenta a reabsorção renal de cálcio; inibe à reabsorção de fosfato nos rins; e estimula a atividade da enzima 1 alfa-hidroxilação renal, o que leva a síntese de vitamina D3 ativa e consequente aumento da absorção intestinal de cálcio.

Nos ossos o PTH estimula a destruição de tecido ósseo, ao estimular os osteoclastos e inibir a atividade dos osteoblastos

Metabolismo osteomineral

Entre os principais tecidos alvo da ações da 1,25(OH)2D estão os ossos, o intestino e os rins, integrantes do sistema de controle do metabolismo osteomineral, sobretudo cálcio e fósforo.

Além de controlar a absorção de cálcio e fósforo no intestino, o hormônio D regula positivamente a formação óssea, através de: inibição da síntese de colágeno tipo 1; indução da síntese de osteocalcina; promoção da maturação dos osteoclastos (que mobilizam os depósitos de cálcio do esqueleto, para manter a homeostase do cálcio).

Outras funções importantes do hormônio incluem: cofator para liberação pancreática de insulina, papa-mel na síntese dos fatores de coagulação, desenvolvimento de ossos e dentes; e também cofator para fisiologia da tireoide. Estima-se que o hormônio D module atividade de mais de 3000 genes.

Suplementação de Hormônio D

A suplementação de 1000 a 2000UI diária são necessárias para manter níveis de 30ng-dl; ha um aumento de cerca de 0,6 a 1ng-dl a cada 100UI ingeridos.

A administração de hormônio D pode ser diária, semanal ou mensal. Considerando que o nível mínimo para prevenção de doenças é de 50ng-dl, os estudos mostraram que a miríadas pessoas necessita suplementar 10.000 a 20.000UI diariamente, para se atingir esses niveis, porem as doses devem ser ajustadas de acordo com a qualidade da resposta clinica e os resultados laboratoriais relativos ao metabolismo do cálcio.

Níveis séricos entre 35 e 50ng-dl: Suplementar 10.000 a 20.000UI de vitamina D + 1000 a 2000UI de vitamina A (10%)

Níveis séricos abaixo de 35ng-dl: Suplementar 20.000UI de vitamina D + 2000UI de vitamina A (10%)

Recomenda-se que em indivíduos com sobrepeso a suplementação seja 1,5x maior e em indivíduos obesos 2 a 3 x maior.

Em crianças e indivíduos abaixo de 50 Kgs: 200UI por kg por dia.

Algumas condições podem demandar um aporte diário maior:

  1. Peso corporal acima de 90 kg
  2. Baixa exposição a luz solar
  3. Idade superior a 55 anos
  4. Pele negra

A vitamina A e D competem em varias função metabólicas e, em um dado sitio, quando estão presentes em uma relação fisiológica (1-10), sintonizam seus efeitos, potencializando estas funções. Em excesso a vitamina A inibe as funções anti carcinogenicas da vitamina D, em valores ideais auxiliam as transcrições de hormônio D

O controle laboratorial do tratamento deve ser feito com dosagens de cálcio sérico, total e ionizado, PTH, ureia, creatinina e calciúria de 24 hs, a cada 3 meses.

Observar para queixa de sede excessiva.

Educar o usuário da importância de ingerir entre 2 a 3 litros de água por dia, especialmente quando estiver usando mais de 10.000UI por dia, alem de eliminar ingestão de leite, bebidas ricas em cálcio e restringir a ingesta de laticínios.

Estima-se que a dose tóxica seja acima de 100.000UI por dia no período de um mês. As causas mais frequentes de toxicidade são:

  1. Erro na manipulação ou fabricação
  2. Ingestão de D2 ao invés de D3
  3. Saturação dos níveis circulantes da proteína carregadora de vitamina D
  4. Maciça insensibilidade de VDR
  5. Defeitos genéticos na 1 alfa hidroxilase, provocando diminuição do VDR e por consequência, causando hipersensibilidade ao hormônio D

O quadro clinico de intoxicação por excesso de hormonio D é consequente a hipercalcemia e desidratação: sede excessiva, vômitos, anorexia febre, calafrios, constipação, hiporeflexia e falência renal aguda por desidratação.

O quadro laboratorial inclui: hipercalciúria, hipoparatireoidismo secundário, supressão do PTH.

Fatores potenciadores: suplementação de calcio e hormonio D concomitantes, usos e altas doses de vitamina D e ingestão de alimentos ricos em calcio e ingestão insuficiente de agua.

ALGUMAS EVIDÊNCIAS DA AÇÃO DO HORMÔNIO D

  1. Hormônio D e IAM

Vários estudos atuais demonstram que a falta do hormônio D está diretamente relacionada a uma vasta gama de condições classicamente associadas as cardiopatias, como hipertensão, aumento da resistência a insulina, inflamação crônica subclínica e obesidade.

Existe um a forte associação entre deficiência de vitamina D e fluxo coronariano lento, disfunção endotelial e aterosclerose subclínica em pacientes com coronárias normais ou quase na angiografia. Volume aumentado de plaquetas, escores mais altos de calcio coronariano e aumento da rigidez vascular, estão associados a hipovitaminose D

A grave deficiência de vitamina D esta independentemente associada á mortalidade cardiovascular intra-hospitalar em pacientes com síndrome coronariana aguda, e esta presente em quase todos os pacientes com IAM (infarto agudo do miocárdio).

O hormônio D exerce papel central nos processos de prevenção cardiovascular e sua deficiência pode ser contabilizada como uma das causas.

A falta do hormonio também então correlacionada com a dimunuição da contratilidade cardíaca, insuficiência cardíaca, disfunção endotelial e distorção estrutural do musculo cardíaco, o que leva a hipertrofia ou crescimento anormal do músculo cardíaco. O crescimento da musculatura lisa na parede arterial acelera a aterosclerose.

Evidências clinicas indicam claramente e a reposição delatas doses de vitamina D é parte crucial da estratégia de reversão ou estabilização da placa ateromatosa.

Pacientes portadores de severa insuficiência renal (dialíticos), avaliados em estudo japonês, tiveram significativa redução de infarto e mortalidade cardio vascular, após reposição de vitamina D

2. Hipertensão arterial sistêmica

Está bem estabelecido que o exacerbo de atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) aumenta o risco de doenças cardiovasculares, que pode ser aliviado com o bloqueios sua cascata. Estudos sugerem que a reposição de vitamina d pode servir para diminuir a atividade do SRAA e melhorar às complicações associadas ao excesso de sua atividade.

Vários estados demonstraram que os níveis pressóricos estão inversamente correlacionados aos níveis de vitamina D circulante. E sua reposição exerce um intenso efeito na redução da pressão arterial em hipertensos, sedo o principal mecanismo parece ser a redução dos níveis circulantes de renina.

A disfunção endotelial é outro fator ligado a etiologia da hipertensão. Os niveis de vitamina D parecem estar independentemente associados a varias medidas da função endotelial, rigidez arterial e reserva de fluxo coronariano. A presença de VDR no endotélio vascular sugere seu possível papel na modificação a função endotelial vascular.

Com relação aos efeitos anti-infamatórios, diversos estudos dementaram relação inversa entre os niveis de PCRus e os níveis séricos de hormônio D. A deficiência deste é acompanhada por aumento da expressão da renina e concentração de angiotensina II, pressão alta e hipertrofia cardíaca.

3. Hormônio D e Alzheimer

A doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo progressivo, multifatorial, relacionada a. Idade, caracterizada tipicamente pelo acúmulo patológico da proteína tau, depósitos extracelulares beta amiloides, perda de sinapses neuronais e neurônios piramidais.

A vitamina D melhora a homeostase protéica e retarda o envelhecimento. Alguns efeitos biológicos incluem benefícios antioxidantes, neuroprotetores, anti-inflamatórios e cardiovasculares. A suplementação com derivados da vitamina D reduz o risco de DA.

O pre tratamento com vitamina D3 melhorou significativamente as funções de aprendizado e memória espacial e mitigou efetivamente o estresse oxidativo neuronal, a suplementação profilática de vitamina D e melhorou as alterações neurocomportamentais.

Bons níveis de vitamina d poem prevenir, retardar ou atenuar o Alzheimer. O risco de desenvolver a doença é quatro vezes maior em indivíduos com níveis séricos abaixo de 12ng-dl, quando comparado a indivíduos com níveis superiores á 30ng-dl.

4. Hormônio D e osteoporose

A deficiência de hormônio D constitui um fator isolado parada osteopenia e a osteoporose. A suplementação com níveis ótimos, otimiza a absorção intestinal de calcio e constitui o fator mais impactante no tratamento e prevenção a osteopenia e osteoporose, demonstrando ser mais efetiva que a suplementação de calcio ou a prescrição de medicamentos para aumentar a densidade mineral óssea.

5. Hormônio D e Diabetes Melitus

O diabetes melitus tipo 2 se tronou um problema de saude pública, ele contribui para 30% do AVC, 40% dos ataques cardíacos, 50 % da insuficiência renal que requer diálise, 70% das amputações não traumáticas dos membros inferiores e é uma das principais causas de cegueira.

Evidências emergentes demonstraram que a reposição de vitamina d pode desempenhar papel na prevenção do diabetes tipo 2. A deficiência desta vitamina esta envolvida no metabolismo anormal da glicose, na secreção alterada de insulina e no diabetes tipo 2. Indivíduos com níveis séricos acima de 25 ng-dl apresentam risco 43% menor de desenvolver diabetes tipo 2.

A deficiência de vitamina D pode induzi a resistência a glicose por meio da redução da secreçãode insulina e sua suplementação contribui para a homeostase atomizadas de glicose em pacientes cm diabetes tipo 2.

Os níveis de insulina e glicemia de jejum estão inversamente relacionados aos níveis circulantes de vitamina D e a suplementação completas doses reduz a glicemia e aumenta a sensibilidade a insulina.

A vitamina D fornece tambem proteção contra complicações relacionadas ao diabetes por sues efeitos anti-inflamatórios e imunomodulador, alem de atenuar a expressão de citocina pro inflamatórias envolvidas na resistência a insulina.

Em nível celular a forma ativa da vitamina D, regula a expressão de gene receptor da insulina, facilita o transporte de glicose para as células musculares suprime a expressão de gene renina após a hiperglicemia, bloqueando a atividade renina-angiotensina. Além disso a liberação do PTH em resposta a falta de vitamina D também pode reduzir a liberação de insulina das células beta pancreáticas.

6. Efeitos imunomoduladores

Muitos estudos atuais vem observando a interação do hormonio D com o sistema imunológico. O VDR é amplamente expresso na maioria das células imunológicas, incluindo monócitos, macrófagos, células dendríticos, células NK e linfócito B e T.

De maneira geral, seu efeito no sistema imunológico s traduz no aumento da imunidade inata, associado à regulação multifacetada da imunidade adquirido. Quandonaoha niveis circulantes ótimos , o organismo humano torna-semicarbazona de regular adequadamente a resposta imunológica à patogenicidade do agente invasor.

Outro componente vital do sistema de defesa são as catelecidinas, ou peptídeos antimicrobianos, que possuem propriedades anti bacterianas, antifúngicas, antivirais, imunoestimulatórias e imunomoduladoras. Sua função é danificar a membrana externa dos bioagentes patogênicos, tronando-os vulneráveis ao ataque do sistema imunológico. Estudos recentes dementaram que a vitamina D provoca a superregulação na síntese das catelecidinas.

7. Hormônio D e gestação.

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Nos fetos de mães com hipovitaminose, podemos observar risco aumentado de:

  1. Diabetes tipo 2
  2. Esquizofrenia
  3. Autismo
  4. Esclerose múltipla
  5. Distúrbios respiratórios
  6. Obesidade
  7. Incapacidade de atingir a altura genética
  8. Atopias
  9. Doenças auto imunes como artrite reumatoide e doença de Chron.

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Sabe-se que a vitamina D afeta uma gama diversificada de funções celulares, no cérebro em desenvolvimento. Além de efeitos sobre a expressão de fator neutrófilo, a regulação de citocinas, a síntese de neurotransmissores, a sinalização de calcio intracelular, sua atividade antioxidante e a expressão de genes-proteínas envolvidos na diferenciação, estrutura. metabolismo neuronal.

A disfunção de qualquer um desses processos pode afetar adversamente o desenvolvimento.

Maiores níveis de hormônio no período gestacional estão associados a um perímetro cefálico maior ao longo do desenvolvimento, indicando maior volume cerebral, alem de prevenção de distúrbios como o autismo, distúrbio bipolar, esquizofrenia e déficit de atenção. Estudo epidemiológico demonstrou risco duas vezes maior de distúrbios de espectro de autismo, em criação cujas mães possuem deficiência de vitamina D.

A otimização do desenvolvimento cognitivo, com implicações favoráveis a escolarização, melhorando as possibilidades de sucesso na idade adulta, em atividades melhor remuneradas, que requerem maior desempenho cognitivo.

Múltiplos estudos mostram que a deficiência de hormônio D durante a gestação desregula dezenas de proteínas controladoras de desenvolvimento cerebral.

O Hormônio D possui vários efeitos no metabolismo neural:

  1. Potente neuroesteróide
  2. Potente regulador positivo de fatores de crescimento neural
  3. Concentra-se em uma grande variedade de tecidos cerebrais de forma muito precoce na embriogênese
  4. Oferece ampla neuroproteção
  5. Tem efeitos antiepilétpicos
  6. Potente imunológico modulador.

8 Hormônio D e COVID-19

Estudo realizado em mais de 1000 pacientes com diagnostico confirmado de COVID estratificou os níveis de vitamina D e observou que:

  1. 100% dos assintomáticos possuíam níveis de vitamina D acima de 80mg-dl
  2. 100% dos quadros graves, com necessidade de internação em CTI possuíam níveis abaixo de 20ng-dl
  3. Aqueles que fora a óbito possuíam níveis abaixo de 17 ng-dl

O que suporta outros estudos que já demonstraram a relação entra a gravidade de infecções oportunistas e os níveis séricos de vitamina D